Argentina se despede do papa Francisco com "abraço simbólico" em missa

Neste sábado (26), os argentinos prestaram uma última homenagem ao papa Francisco com uma missa campal realizada em frente à catedral onde ele atuou como arcebispo de Buenos Aires antes de se tornar pontífice.
Telões espalhados pela região exibiram imagens de Jorge Mario Bergoglio — nascido em Buenos Aires em 1936, filho de imigrantes italianos —, que ficou conhecido por sua defesa dos pobres e por ser o primeiro papa latino-americano da história.
A tradicional Plaza de Mayo foi tomada por jovens e famílias, públicos que Francisco sempre buscou inspirar com suas mensagens de fé e esperança. "Francisco nos aproximou da Igreja, principalmente nós, jovens que antes nos sentíamos afastados", comentou Daniela Wenceslao, de 26 anos.
Mais cedo, no Vaticano, foram realizados o funeral e o sepultamento do papa Francisco, que liderou a Igreja Católica por 12 anos. Ele faleceu aos 88 anos, vítima de um derrame ocorrido na segunda-feira.
"Francisco é a figura mais significativa da nossa nação hoje, e essa é uma pequena forma de honrá-lo", afirmou um dos presentes.
Na capital argentina, o atual arcebispo, Jorge Garcia Cuerva, conduziu uma celebração diante de milhares de fiéis que levavam fotos de Francisco, flores brancas e bandeiras nacionais.
"Seu impacto global ainda é difícil de medir; sentimos sua ausência de maneira profunda", disse Cuerva. "Choramos por Francisco, e fazemos isso com sinceridade e sem receios."
Ao final da cerimônia, formou-se uma caravana ao redor da Plaza de Mayo, promovendo um "abraço simbólico" ao legado do papa e iniciando uma peregrinação às regiões mais carentes da cidade.
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