É 'inexplicável' que Conselho de Segurança da ONU não tenha 'autoridade' para convencer Israel a dialogar, diz Lula
Brasileiro vem criticando postura do governo de Israel nos confrontos em Gaza e no Líbano. Itamaraty prepara voos para retirar brasileiros em solo libanês. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (1º) que considera "inexplicável" que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenha "autoridade" para, segundo ele, fazer com que Israel se sente à mesa para conversar sobre os conflitos no Oriente Médio.
Lula vem criticando, desde o ano passado, a nova fase da guerra envolvendo as Forças de Defesa de Israel – contra o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza, desde outubro do ano passado; e também contra o grupo extremista Hezbollah, no Líbano, desde a última semana.
O presidente deu a declaração a jornalistas brasileiros ao deixar um hotel na Cidade do México, onde se hospedou para acompanhar a posse da nova presidente do México, Claudia Sheinbaum.
Lula foi questionado sobre a operação que está sendo articulada pelo Brasil para resgatar brasileiros no Líbano. O primeiro voo oficial de repatriação deve ocorrer no fim de semana.
"Nós vamos fazer isso [repatriar brasileiros] em todos os lugares que for preciso. Agora, o que eu lamento profundamente é o comportamento do governo de israel. Sinceramente, é inexplicável que o Conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com quie Israel sente numa mesa para conversar, em vez de só saber matar."
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Lula defende reforma da ONU
Lula defende o seu primeiro mandato, há duas décadas, a reforma do Conselho de Segurança da ONU e a presença permanente do Brasil no órgão.
O conselho é composto por cinco países com assentos permanentes (EUA, Reino Unido, China, Rússia e França) e outros 10 com cadeiras rotativas.
Os membros permanentes podem, nas votações, vetar resoluções, ponto que Lula critica com frequência.
O colegiado tem a prerrogativa de investigar disputas ou situações que possam levar a atritos entre países e recomendar soluções para possíveis conflitos.
O grupo também pode orientar os países-membros a aplicar sanções econômicas e outras medidas que não envolvam o uso da força para prevenir ou limitar uma agressão.
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